A cidade de Venâncio Aires foi palco do seminário "Trabalho Infantil, Proteção Social e Aprendizagem Profissional", realizado hoje, 8, em referência ao dia 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

O evento, organizado pelo Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FEPETI RS) e Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional (FOGAP), discutiu a realidade do trabalho infantil no Brasil visando estabelecer  boas práticas no combate a essa violência contra as crianças no Rio Grande do Sul.

Foi ressaltada a importância da união de todos, poder público, técnicos, produtores e empresários a fim de enfrentar o trabalho infantil e, ao mesmo tempo, encaminhar a juventude para aprender uma profissão sem abandonar a escola, como estabelecido no Programa Jovem Aprendiz.

A secretária da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos, e Assistência Social, Márcia de la Torre, representando o governador Ranolfo Vieira afirmou que "o desafio é trazer a sociedade para dentro desta luta, através das novas tecnologias de comunicação, criando uma imensa rede de proteção e de alerta para o trabalho infantil no campo, nas ruas, nas residência, onde isso acontecer".

Segundo dados do PnadC, no Estado, em 2019, havia mais de 96 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil, o equivalente a 5,4% do total, acima da média nacional, de 4,6%.

Embora a série histórica que termina em 2019 registre uma tendência de diminuição do trabalho infantil de 2,1 milhões para 1, 8 milhão, esta situação não se sustentará nas pesquisas de 2020 e 2021 devido o agravamento da crise socioeconômica no contexto da pandemia.