Empresa do setor metalmecânico apresenta melhor desempenho ao longo do mês de junho
Levantamento feito pelo Simecs, parceiro da STAS no RS TER, mostra que companhias tiveram aumento na demanda
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Um levantamento feito pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e região (Simecs), parceiro da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (STAS) no Programa RS Trabalho, Emprego e Renda – RS TER, mostra que o panorama geral da pandemia de covid-19 segue delicado para a indústria, mas o desempenho no mês de junho foi um pouco melhor. A pesquisa mostra que 16 indústrias relataram aumento de demanda, enquanto o índice de queda é 30% menor em comparação ao último levantamento, em maio.
Em contrapartida, quase 50% das empresas também informaram queda nos negócios. O levantamento, que tem como objetivo de analisar a progressão dos efeitos da pandemia, foi feito entre 18 de junho e 5 de julho e teve a participação de 315 empresas. O objetivo da pesquisa é utilizá-la como ferramenta par auxiliar no trabalho de apoio à sustentabilidade da indústria de Caxias do Sul e região. As empresas também respondem a questionamentos como impactos no faturamento e na força de trabalho, bem como níveis de dificuldade para operação das companhias em campos como: matéria-prima, logística e manutenção dos parques fabris e das atividades como um todo.
Conforme o presidente do Simec, Paulo Spanholi, esses resultados refletem o retorno parcial das atividades ao longo dos últimos meses. “Este acompanhamento nos mostra que precisamos seguir redobrando os cuidados e mantendo atenção aos protocolos de saúde recomendados. Dessa maneira, conseguimos conciliar a retomada gradual da economia da nossa região e o cuidado com a saúde de toda a população, sem correr riscos de regredirmos”, reforça Spanholi.
Mais de 60% das empresas consultadas no levantamento de dados pertencem ao setor metalmecânico, seguido por empresas dos segmentos automotivo, de eletroeletrônica e de ferramentaria. Mais de 80% dos respondentes são compostos por micro e pequenas empresas, que representam o maior volume empresarial da entidade.
Queda no faturamento
O principal impacto percebido pelas empresas consultadas desde o início da pandemia de covid-19 segue sendo a queda no faturamento, consequência direta do cancelamento de pedidos que, por sua vez, resulta na queda na produção. Das cerca de 251 respondentes que apresentaram diminuição, 76% acumulam quedas de até 50% nesse índice em relação ao período anterior à pandemia. Das nove empresas que registraram aumento no faturamento, a maior parte (67%) alcançou o acréscimo no indicador de até 25%.
Dificuldades
Em relação aos níveis de dificuldade enfrentados pelas empresas para obtenção de matéria-prima, logística de transporte e manutenção de máquinas e equipamentos, a maioria das consultadas respondeu ter pouca dificuldade ou não percebeu nenhum impacto, em relação ao cenário vivenciado antes do quadro de pandemia. Esse mesmo padrão de respostas foi identificado quando questionados sobre a organização dos quadros funcionais para o retorno das atividades.