Estado lança o projeto piloto RS Nutrir Infâncias para diagnóstico das condições de nutrição infantil
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Nesta quarta-feira (02), o Governo do Estado por meio da Secretaria de Assistência Social realizou ato de adesão de oito municípios , da região de Passo Fundo, ao projeto piloto RS Nutrir Infâncias e na quinta-feira( 03) outros dez municípios da região de Frederico Westphalen assinam o termo.
Nesta fase piloto vão participar 18 municípios que executam o programa Criança Feliz, nas Regiões Funcionais 7 e 9, com 2.450 pessoas beneficiadas. Pelo RS Nutrir Infâncias será feito um diagnóstico do perfil alimentar das pessoas da faixa de pobreza e extrema pobreza com gestantes e/ou crianças de 0 a 6 anos. As famílias com até quatro pessoas receberão uma cesta básica e acima de quatro pessoas duas cestas básicas, com, no máximo, três entregas bimestrais até fevereiro de 2024.
Até o final de agosto serão aplicados questionários da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) pelos visitadores às famílias para definir o perfil alimentar nos domicílios. A partir das respostas, de setembro a fevereiro será realizada a assistência alimentar com a entrega de cestas básicas doadas do Estado para o Município, aproximadamente 15 mil unidades serão entregues
O secretário Beto Fantinel ressaltou o significado do projeto. “Com este trabalho vamos mensurar o impacto da segurança alimentar nessas famílias já atendidas pelo Criança Feliz. E a partir dos resultados, criar uma política pública com a entrega de estímulos adequados e condições de desenvolvimento saudável . Com isso caminhamos para um futuro, o melhor possível, para a primeira infância em nosso estado”, enfatizou.

Executado pelos departamentos de Atenção à Primeira Infância e Segurança Alimentar da SAS, o objetivo é proporcionar assistência alimentar temporária às famílias atendidas pelo Programa Criança Feliz (PCF), incentivando o cumprimento de metas do programa. As metas estão em consonância com a promoção de adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e a produção de informação estratégica para a Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.
A diretora do Departamento de Atenção à Primeira Infância, Kênia Fontoura, se disse satisfeita com a aceitação dos municípios. “Tivemos um ótimo retorno dos municípios e com isso iniciamos o projeto já com sucesso. Estamos confiantes nos resultados que estamos buscando. Teremos dados sólidos para avaliar a segurança alimentar das famílias participantes do Criança Feliz”, afirmou.
Em nome dos oito primeiros municípios que aderiram ao projeto piloto RS Nutris Infâncias, o secretário do Trabalho e Assistência Social de Marau, Paulo Cezar Dal paz, se manifestou. “ Muito importante nós aderirmos a esse projeto que vai nos auxiliar no complemento do trabalho que já vimos desenvolvendo em nosso município, em prol da segurança alimentar”, disse.
Será realizada a Capacitação presencial para visitadores e supervisores na região e sensibilização dos Gestores Municipais para a aplicação dos questionários da EBIA. durante
A diretora de Segurança Alimentar e Combate à Fome da SAS, Naiane Doto, explanou sobre o questionário da EBIA. “ É um escala simples, com pouca perguntas mas muito sensíveis. Com o vínculo que o visitador tem com a família acreditamos que as informações serão as mais verdadeiras. Queremos que o questionário seja aplicado da melhor forma possível junto às famílias”, explicou.
Além disso, durante todo o período do projeto será prestado o apoio técnico para a adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional- SISAN. Neste primeiro encontro 33 visitadores receberam as orientações.Também será dado apoio técnico aos municípios para a construção de seus Planos de Segurança Alimentar. A Lei Estadual Nº 12.861/2007 - Cria o Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e cada município deve elaborar o seu plano.

Os municípios participantes do Plano piloto são: Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha, Barros Cassal, Carazinho, Fontoura Xavier, Marau, Espumoso, Ametista do Sul, Frederico Westphalen, Planalto , Iraí, Redentora, Constantina, Seberi, Coronel Bicaco ,Palmeira das Missões e Tenente Portela.
EBIA- Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
1. Segurança Alimentar- A família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade na quantidade necessária;
2. Insegurança Alimentar leve- família tem incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, qualidade inadequada dos alimentos;
3. Insegurança Alimentar moderada- família tem redução gradativa de alimentos , ruptura nos padrões de alimentação e falta de alimentos entre os adultos;
4. Insegurança alimentar grave – família tem redução quantitativa de alimentos. Há uma ruptura nos padrões de alimentação resultando da falta de alimentos entre todos os moradores incluindo as crianças. A fome passa a ser uma experiência no domicilio.
Texto: Asscom SAS